6.3.09

14 de fevereiro de 2009
Prêmio Angelo Agostini de Melhor Roteirista

O dia amanheceu supostamente como qualquer outro. Acordando atrasado pra ir dar aula. Com um monte de coisa no carro pra um evento de quadrinhos. Esperando pra encontrar na parte da tarde vários amigos do mundo das HQs, principalmente os parceiros do Quarto Mundo.

Mas não era um dia exatamente comum. Não pra mim. Era um daqueles dias em que olhamos para o nada com um sorriso bobo. Pensando que tudo o que temos feito está dando algum resultado. Com o tipo de recompensa que não é exatamente o objetivo de seu trabalho, mas que dota de um sentido ainda maior tudo aquilo que você batalhou.

Dei aula com o sorriso bobo estampado no rosto. Não precisava nem falar nada, a minha felicidade estava clara para os alunos que me conhecem um pouco mais. Fiz algo que não é costumeiro, sai mais cedo da escola. Resolvi passar em casa antes de ir para o evento. Comer algo. Tomar banho. Olhar no espelho mais uma vez.

E finalmente rumei ao Senac Consolação. Caminho já costumeiro para a casa de vários amigos. Caminho já costumeiro para a livraria HQMIX, de tantos encontros entre os quadrinistas. E os amigos desse universo já começam a aparecer pelo caminho, ainda na Av Consolação, onde encontrei o Felipe Meyer carregando um bando de malas. Chegando ao Senac um dos maiores parceiros do Quarto Mundo: Will, pessoa por quem nutro a mais sincera admiração pelo empenho e trabalho em prol dos quadrinhos nacionais. A seguir vão surgindo os outros companheiros do coletivo: Leonardo Melo, Marcos Venceslau, Edu Mendes, Jozz, Plínio Dinossauro, Alex Mir, Hugo Nani, Caio Majado, Ana Recalde, Laudo (vencedor do prêmio de Melhor Roteirista do Brasil). O Gil Tokio e o Cadu Simões chegaram mais tarde, já no final da festa. Além de outros personagens dos quadrinhos, como o Gual (cuja presença foi uma agradabilíssima surpresa), Jal, Baraldi, Worney, Fábio Sales, pessoal da Banca dos Quadrinhos, Isabela da Multi, Moretini (agraciado com o prêmio de Grande Mestre dos Quadrinhos), Fabio Lyra, Manoel e o pessoal da revista Mundo dos Super-Heróis, Álvaro de Moya, Alexandre da Subversos, Olavo do Contínuo, entre outros, muitos outros.

Por outro lado tinha a presença de pessoas da minha família, com destaque para o meu sobrinho que ficou o tempo todo correndo de um lado pro outro, gerando comentários de vários amigos comparando-o com o Calvin, além de alguns dos meus melhores amigos, como meu primo, Marcos, Alex, Judeu, Telma, que nem imaginam o quanto me deixaram contente por terem comparecido.

Conforme o momento do prêmio ia se aproximando o nervosismo aumentava e eu tinha a total certeza que me atrapalharia totalmente no momento de agradecer. Nem o momento de descontração proporcionado pela entrega do prêmio de Melhor Desenhista ao Laudo, com a presença da sua personagem (Tianinha), foi suficiente pra me fazer esquecer o nervosismo. Quem quiser conferir o vídeo dessa curiosa entrega segue o link.

Finalmente chegou meu momento. Falei, falei e falei. Muito. O vídeo está logo ai abaixo pra quem quiser conferir. E esqueci de citar o nome de várias pessoas. De agradecer a amigos como o Marcos, o Alex, o Judeu, a Telma, que estavam lá presentes. Pessoas que me inspiram a cada dia com palavras, histórias, sorrisos, choros, piadas ou até macarrões. Esqueci de agradecer ao Gual que nos acolheu de forma tão honesta e carinhosa. E não consegui citar todos os desenhistas que já traçaram alguma palavra minha, desde os parceiros mais costumeiros: Wanderson de Souza, Alex Rodrigues, Mário Mancuso, Wagner de Souza, Júlio Brilha, Bira Dantas, Carlos Eduardo, Leandro Demente, até outras parcerias mais recentes: Will, Mario Cau, Marcos Venceslau, Samuel Bono, Sam Hart, Caio Majado, André Freitas, e outras ocasionais: Al Stefano, Luigi Colafigli, Márcio Garcia, Mário C. Silva, Sidney Teles, Val.



Depois do prêmio de melhor roteirista veio à vez da entrega do prêmio Jayme Cortez ao Quarto Mundo. Esse prêmio é uma homenagem a quem dá uma grande colaboração aos quadrinhos durante o ano. Já seria uma emoção a parte subir no palco com pessoas tão maravilhosas quanto os parceiros do Quarto Mundo. A emoção aumentou ainda mais ao ver quem iria nos entregar o prêmio: Gualberto Costa. Talvez a pessoa que mais incentivou o Quarto Mundo até hoje. Pra quem não conhece o contexto, Gual foi um dos criadores do Prêmio Angelo Agostini, porém por motivos que não cabe esmiuçar aqui estava afastado das comemorações há uns quinze anos. Foi fantástico vê-lo no palco, discursando em prol do Quarto Mundo, entregando o prêo no palco, discursando em prol do Quarto Mundo, confraternizando com Worney de Souza. Para os que conhecem parte da história dos quadrinhos nacionais esse foi um momento realmente emocionante.

Ao final do prêmio arrumamos a banca do Quarto Mundo e rumamos para o bar Pandora, onde começamos as comemorações, que só foram acabar no dia seguinte as sete da manhã. Mas isso já é outra história, uma dessas partes que normalmente me inspiram a criar histórias.

Obrigado a todos meus amigos. Como eu disse e repito: Vocês são meu motivo pra produzir.

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